CURIOSA VAIDADE
Deixa-me invadir teus espaços,
Teu cansaço e te dizer que isso é natural... Teu estresse tem pressa para te dizimar... Mas isso é normal, nada igual, porém, Com o que possa te fatigar... Sabes que isto não é fantasia... São estrias visíveis, vazias de beleza... Ó mãe natureza, por que me blindaste Com essas marcas tão feias?! Não me protegem... Ao contrário, me expõem... Dispõem de mim e de minha sensibilidade... para falar com destreza dessa sutil vaidade... que teima lutar dentro em mim... Deixa acontecer o tempo... Existem cremes, Massagens, Retoques, Saudades De quando tinha meus quinze anos. Mas o que é tudo isso diante de min’alma feliz? Não é nada... O que vale é o que sou por dentro. O que está fora é expressão do que trago no coração, como forma de amar... Contemplo o luar e vejo que a lua é sempre a mesma... Por gerações e gerações... nunca muda. Mesmo sendo limitada como eu... sua luz brilha e realça a sua beleza... Porque sua fonte luminar é inesgotável... Também somos assim... Limitados; mas eternos... Porque o Eterno nos ilumina à todo instante... Basta que voltemos nossa vida Para o brilho do Seu olhar... Basta deixar-nos tomar por Suas Virtudes Luminares. Desse modo teremos sempre Sua Luz... Sem curiosa vaidade alguma...
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 15/09/2006
Alterado em 23/01/2008 |