O QUE SERÁ DE TI POR TODA A ETERNIDADE?
Canto com o coração em festa... Este meu canto brota do mais profundo de meu ser... Ele é fruto do viver em contemplação... Visão de minha alma absorta... Tomada pela graça do novo que há de vir... Mas que desde aqui o Senhor me faz experimentar... Como não contemplar, Senhor, esse teu infinito amor? Como não silenciar para admirar essa Tua Beleza Infinda? E como não transpor os limites da criação... para glorificar-Te em reverente louvação por tudo isso? Realmente, só existe Tu e Tua obra indo ao Teu encontro... E não posso pensar diferente... Porque pensar diferente... é não crer no infinito presente aos nossos olhos... Por isso, Senhor, não me detenho na matéria que vejo... Porque o meu desejo me impulsiona ir além... Também não posso prender-me... aos limites de minha razão que nem tudo compreende... Porque assim seria eu o único critério para tudo que há... Ora, mas tudo que há não depende de mim; Nós é que dependemos de Ti... Isso sim é a verdadeira evidência... Logo, me desprendo de meus conceitos ou evidências naturais... quando elas não me levam à Ti... Quando negam o teu amor presente em mim e em toda criação... Latente em cada pulsar do meu coração... em cada respirar e expirar de meus pulmões, onde me dizes: Sou Eu, Teu Deus, que te dou a vida a cada instante... Como é maravilhoso Senhor compreender tudo isso... Crer e saborear com afinco o teu paraíso... muito antes do juízo final... É que o teu Espírito Santo... revela aos teus eleitos os efeitos da graça da salvação... lhes dando, pela contemplação, a visão do Reino dos céus... Por outro lado é triste observar... quão perdida é a vida das almas... que buscam tão somente as satisfações passageiras... De fato, elas não creem e por isso não entendem nada... no que diz respeito às coisas eternas... Porque estão presas nas trevas das próprias concupiscências... Nas maledicências e confusões; nas torturas e amarguras psíquicas de seus corações entorpecidos... Empreendidos de pensamentos e sentimentos vãos... Tais almas sufocadas estão... pelo torpor das enlouquecidas paixões... que as alicia e as atrai às perdidas ilusões... onde encontram somente a morte e nada mais... Ó almas enfraquecidas, cambaleantes, intumescidas de si mesmos... Infernizadas pelos apegos materiais... Dominadas pelos instintos carnais... Pelo ódio horripilante... Incapazes de qualquer bem, Porém, capazes de todo mal... Mesmo assim, vindes à mim... Vinde, com o tempo que te resta... Volta para a festa dos arrependidos... transformados, convertidos... Como o filho pródigo da parábola... Vinde, vedes o tempo que ainda te dou... Vinde provar do meu amor... Essa é a última hora... Esse é o meu último chamado... Porque, depois de tudo o que sofri por ti, se não voltares para mim... O que será de ti por toda a eternidade? Paz e Bem! Frei Fernando,OFMConv. Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 31/08/2010
Alterado em 02/09/2010 |