CRÔNICAS DE MINHA ALMA: ORAÇÃO É CONVIVÊNCIA
Aprendi a conviver com Deus como meu Pai Eterno a quem amo e a quem dou toda a minha vida, e tudo o que sou e que sinto, pois foi isto que nos ensinou Jesus quando se tornou homem como nós, nascido da Virgem Maria. E para que tivéssemos com o Pai do céu uma convivência de filhos, Jesus nos deu o seu Espírito e com Ele nos deu o dom da oração; por ela aprendemos a conviver com Deus Pai, com Jesus e com o Espírito Santo; com Maria nossa mãe, e ainda com os anjos e santos. Deste modo, oração é convivência, é relação, é intimidade, é perfeita sintonia, é plena comunhão. Na prática, aprendi que quando oro, estou falando com Deus e convivendo com Ele em minha oração; e quando me calo, Deus me responde, e isto me faz viver Nele e para Ele, numa interação inigualável. Porque toda oração feita com sinceridade de coração, tem resposta imediata da parte de Deus, que nos ama como seus filhos e filhas e quer participar de nossa vida como Pai Santo, Bom e amoroso que é. Com efeito, se um dia os homens perderem essa convivência com Deus pela oração, perderão também tudo e não lhes restará mais nada. Porque no mundo e nas criaturas que nele habitam, não há resposta alguma para o viver além de nossa naturalidade; pois, mesmo a vida natural que temos, é Deus quem nos proporciona, como nos ensinou São Paulo: “Porque é em Deus que temos a vida, o movimento e o ser”. (At 17,28a). E ainda no Evangelho de São João, Jesus nos diz: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15,5). Ora, o Senhor falou assim para que façamos o bem e somente o bem que dele nos vem. Portanto, a vida natural que temos, existe em função da vida eterna que obteremos como herança divina por vivermos neste mundo segundo a vontade de Deus. Por isso, precisamos vive-la como correspondência ao amor salvador do Senhor, que se faz presente no meio de nós, por Seu Filho, Jesus Cristo, autor e consumador de nossa fé. Porque, “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência”. (Ef 1,7-8). Oremos, então, sem cessar, sem nunca deixar de fazê-lo, porque, mais do que palavras, nossa oração é convívio filial com Deus nosso Pai, com seu Filho, Jesus Cristo, com o Espírito Santo consolador, que habita nossas almas, com Maria, nossa mãe, e com todos os anjos e santos que formam a família santa de Deus, aqui e na eternidade. Paz e Bem! Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 31/05/2012
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