FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

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SÉRIE MEDITAÇÕES

A FÉ É UM DOM DE DEUS?
 
A fé é um dom de Deus e uma de suas leis naturais presente em todas as suas criaturas. Ora, naturalmente todos já nascem acreditando seja na própria vida, seja em algum credo que professa, seja no seguimento de alguma ideologia, seja ainda pela incredulidade ou indiferença com que alimenta sua alma; o fato é que todos creem, e isto é inegável. Porém, em todos os batizados a fé é dom do Espírito Santo que lhes concede a percepção das graças que Deus nos prodigalizou (cf. 1Cor 2,12).
 
Tanto na vida dos que creem como dos que não creem, a fé ou a falta dela, surte efeitos inigualáveis. Para os que creem a fé é fonte de salvação, como nos ensinou nosso Senhor Jesus Cristo: “Tudo é possível ao que crê”. (Mc 9,23). Por ela nos aproximamos de Deus e com Ele interagimos, porque, “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Heb 11,1). “Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (II Tim 3,17).
 
Ela é também uma arma poderosa na luta contra o mal (cf. Ef 6,10-18), e, juntamente com as outras virtudes, uma graça especial na conquista da vida eterna: “Mas tu, ó homem de Deus, foge dos vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado...”. (1Tim 6,11-12a).
 
Já na vida dos que não creem, a falta de sua força salvadora, leva estes à perca do sentido eterno da vida por não amarem a Deus e nem interagirem com Ele. Visto que, “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Heb 11,6). De fato, um rastro de morte se faz presente nos corações incrédulos, pois, ao negarem a evidência divina, afirmam a impiedade e a perversidade humanas, aprisionando pela injustiça a verdade que os podia salvar. Porque, “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar”. Assim, “Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos” (Rom 1,20.22).
 
Porém, nos ensina São Paulo: “Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens... Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tim 2,1.3-4).

Paz e Bem!
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 19/11/2012


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