PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 8,51-59)(22/3/18)
Caríssimos irmãos e irmãs, a firmeza de nossa fé depende de nossa total adesão ao Senhor e às suas promessas. Pois, "a fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê." Isto porque sem a esperança de vida eterna nada de bom se cultiva aqui nem para o devir, isto é, o vir a ser da eternidade. "Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram."
De fato, a promessa de vida eterna se constata claramente pela fé de Abraão e também pela nossa quando confiamos no Senhor e guardamos os seus mandamentos, isto é, a Sua Palavra (cf. Jo 14,21). Abraão confiou em Deus e na realização de suas promessas e isto lhe foi imputado como justiça, ou seja, esta sua confiança resultou na vinda de Cristo e no cumprimento de tudo o que Deus prometeu.
Outro belo e santo exemplo de confiança, é o que vemos no sim de Maria sempre Virgem, que na realidade é a continuidade e a confirmação da aliança de Deus com Abraão, seu pai, do qual herdou a fé incondicional nas mesmas promessas, a fim de que gerasse Seu Filho, Jesus Cristo, de quem Abraão teve uma visão e alegrou-se por isso. Então, relembremos essa Aliança feita à Abraão e à sua descendência para sempre: “Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. Por isso, todas as famílias da terra serão abençoadas em ti."
Amados irmãos e irmãs, as mais belas promessas nos foram feitas por Jesus, pois Ele é a Própria Palavra de Deus pronunciada na íntegra para que não tivéssemos dúvida alguma de qual seja a vontade do Pai para a nossa salvação. Ora, mesmo assim os Judeus não creram Nele; por isso, chamo a atenção para que não caíamos no mesmo pecado de julgarmos exteriormente sem nenhum conhecimento da verdade tal qual ela é. Pois, não estamos aqui para julgar, mas sim para viver em conformidade com a vontade do Senhor. Por isso, muito cuidado para que nossos pensamentos não sejam falsos julgamentos, mas sim uma fonte de discernimento para o bem de nossas almas (cf. Rm 12,1-2).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 22/03/2018
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