A vida humana é como um livro em branco onde nele escrevemos as lições de cada momento, e a nossa alma é como uma espécie de tábua sagrada, em linguagem moderna é como um disco rígido, que traz gravado em si, tudo o que foi pensado, falado, escrito e vivido; em suma, todo nosso modo de ser. Nossa mente, ah! Essa é o coração de nossa alma por onde tudo passa para ser por nós decidido e praticado, ainda que seja em bilésimos de segundos, por impulso ou instintivamente. Porém, ninguém pode se desculpar quando mesmo conhecendo a gravidade do que decidiu praticar, não o recusa e com isso prejudica a sua vida e a dos outros.

 

É o caso que vemos na primeira leitura de hoje. "O rei Joaquim fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito." Por isso sofreu os efeitos de sua prática nefasta, ele e a nação que governava, pois foram exilados de sua pátria e perderam tudo o que tinham até mesmo a própria vida. É isso que acontece quando decidimos governar a nossa vida a partir de práticas nefastas, a expondo às ações maléficas, obtendo como resultado o inferno de viver sem a graça de Deus.

 

Caríssimos, a vida que tem como fundamento as Palavras de Jesus, como Ele mesmo disse: "é como uma casa construída sobre uma rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia." E em meio às tempestades da vida "a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

 

Conclusão: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus." Caríssimos, com isso compreendemos que entre o dizer e o ser, existe um abismo eterno que só aqueles que vivem coerentemente as Palavras de Jesus, podem transpô-lo.

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.