FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Textos


Homilia do 32°Dom do tempo comum (Mc 12,38-44)(11/11/18).
Caríssimos irmãos e irmãs, dar e receber faz parte da pedagogia divina para o bem de nossas almas e a nossa salvação. Tudo o que vemos ou temos pertence a Deus e isso é inegável, pois qual de nós naturalmente permanecerá aqui para sempre? De fato, essa certeza nos livra do egoísmo e do apego às coisas deste mundo; como bem nos ensinou São Paulo: "Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto." (1Tim 6,8-9).
A liturgia de hoje nos põe em comunhão com a vontade de Deus a partir de nosso relacionamento com as coisas existentes e entre nós. O Profeta Elias, cumprindo uma missão que o Senhor lhe deu, se dirige a uma viúva que nada possuía além de um punhado de farinha e um pouco de azeite para sobrevivência sua e de seu filho; pede-lhe para saciar também sua fome, ao que ela atende generosamente; e, assim, por sua profecia, Elias lhe dá a conhecer que "o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada." 
Caríssimos, vivemos num mundo de extrema riqueza e também de extrema pobreza, onde os pretensos donos dos bens materiais usufruem deles, porém, vitimando com sua ganância a maioria que morre à míngua sem nada poder fazer. E onde, então, está o Senhor em meio a tudo isso? Está nas dores dos injustiçados, nas filas dos hospitais, na fome dos desamparados e em tudo o que se assemelha a morte de cruz de seu Filho Jesus; desse modo, Ele denuncia a injustiça cometida contra a vida de seus filhos pequeninos. 
Caríssimos, como se dará o juízo final? Se dará pelo exame das obras de misericórdia aqui praticadas ou não, como vemos no Evangelho de São Mateus, onde Jesus dirá em sua sentença final: "Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitantes. Então, lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos? E ele responderá: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer."
Paz e Bem! 
Frei Fernando Maria OFMConv. 
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 11/11/2018


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras