Eis o que diz o Senhor: jamais verás o meu rosto
praticando os horrores que praticas...
Não me conheces e nem mi conhecerás...
Porque os turbilhões do teu interior
só te levam para catástrofes medonhas...

Vergonha é o teu pensar...
Cala fundo o coração
de quem contempla a tua insensatez...
Vives revelando a face tenebrosa do mal
pelo mal que te consome...
te corrói e te torna infame
sem que percebes isto.

Pensas que não vejo?
Acaso sou insensato como julgas?
Tens a vida, mas não te pertence...
Tens um tempo, mas é curto...
Então, não te tornes inimigo de ti mesmo
desdenhando de mim...

Sou sim, Todo Eterno...
Misericordioso e Fraterno...
Mas, por acaso sabes disto?
Não, porque tua loucura empalidece teu entendimento,
tirando de ti todo alento...
te fazendo dissolução...

Também não sabes o que é perdão
e nem pensas nisto...
Preferes o rito macabro do ódio, da vingança...
Esperanças, não as tens para esperar...
Viver dignamente, nem pensar...
O que queres mesmo
é o “gozo” interior de tuas idiotices...

E onde tudo isso vai dar?
Na morte como um túmulo à tua espera...
Como perda de tudo o que aparentemente te era bom.
E enfim, sem conversão nem nada...
Findou-se a estrada de tua inútil vida...
Perdida nas curvas de tua louca insensatez.

Senhor:
Afora vós, o que há para mim no céu?
Se vos possuo, nada mais me atrai na terra.
Meu coração e minha carne podem já desfalecer,
a rocha de meu coração e minha herança eterna é Deus.

Sim, perecem aqueles que de vós se apartam,
destruís os que procuram satisfação fora de vós.
Mas, para mim, a felicidade é me aproximar de Deus,
é pôr minha confiança no Senhor Deus,
a fim de narrar as vossas maravilhas
diante das portas da filha de Sião.