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Caríssimos, devido à frágil estrutura existencial em que vivemos, normalmente o ser humano procura construir seus muros de arrimo, ou seja, suas próprias defesas, seja no campo econômico, social, político, espiritual, etc. E tendenciosamente se apega à elas como se fossem suas únicas tábuas de salvação neste mundo inundado de ganância, injustiças, luta pelo poder temporal e o medo de perder tais prerrogativas ou pretensas seguranças.

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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina que a fé não é uma mera afirmação humana; mas sim, fruto da obediência e da prática de suas palavras. Escutemos, então, a sua exortação: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus."

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E Ele finaliza esse Evangelho de hoje nos ensinando qual é a verdadeira sabedoria que nos mantém firmes em estado de graça na sua presença: "Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha."

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Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

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Caríssimos, essa liturgia de hoje põe por terra todo arsenal de proteção meramente humano que, na verdade, só gera discórdias, lutas fratricidas, insegurança, desespero e morte. De fato, ela nos ensina que Deus é a nossa única e verdadeira segurança, e que somente Nele devemos pôr toda a nossa confiança. Pois, Deus é fiel e cumpre sempre as suas promessas, realizando as suas maravilhas em nossa vida, como nos ensinou a Santíssima Virgem Maria. (cf. Lc 1,46-55).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.