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Caríssimos, a intransigência é um enfermidade espiritual capaz de cegar as almas, impedindo-as de ter acesso às graças de Deus. Em uma de suas cartas São Paulo, escreveu: "Para os puros todas as coisas são puras. Para os corruptos e descrentes nada é puro: até a sua mente e consciência são corrompidas. Proclamam que conhecem a Deus, mas na prática o renegam, detestáveis que são, rebeldes e incapazes de qualquer boa obra."

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O Evangelho de hoje nos mostra quanta intransigência sofreu Jesus por conta de seus perseguidores, por não acolherem o seu ensinamento e nem os sinais que realizava em conformidade com a vontade do Pai. Ora, isso nos ensina que a fé é dom do Espírito Santo e sua prática requer a renúncia da própria vontade, para assim fazermos a vontade de Deus em todos os sentidos de nossa vida.

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Com efeito, a Lei é a evidência da presença de Deus, é a sua voz escrita que nos põe em plena comunhão de amor com Ele; por isso, não pode ser interpretada conforme a própria vontade; desse modo, compreendemos que ela é a pedagoga que nos conduz a Cristo.

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Ora, mas, quando o pecado toma conta do coração dos homens, eles deixam o amor pelo o ódio; a verdade pela mentira; a paz pela violência; por isso, no Evangelho de hoje, após a cura do homem com a mão paralisada, "os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo."

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Caríssimos, essa liturgia nos ensina que não estamos aqui como juízes ou acusadores uns dos outros, mas como irmãos que se amam e se perdoam mutuamente, bem como nos ensinou o Senhor: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros."

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Paz e Bem!(Mc 3,1-6)

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Frei Fernando Maria OFMConv.