PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,25-33)(04/11/20)
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Caríssimos todos os bens e valores culturais, familiares e materiais somente em Cristo recebe seu verdadeiro sentido de ser em nossa vida; caso contrário, tudo isso passa a ser impecilho e motivo de apegos, disputas, intrigas, desamor e tantas outras imperfeições que deformam o perfeito sentido das obras de Deus.
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Perguntemos à nós mesmos, à que coisas ou pessoas nos apegamos? Internet, redes sociais, times de futebol, televisão, artistas; o culto à si mesmo, o desejo de aparecer; apegos materiais; apegos familiares, e tantos outros apegos, os quais se tornam pedra de tropeço no nosso relacionamento com Deus, isto porque ocupam o tempo e o espaço em nossa vida que deveria ser somente de Deus.
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Ora, no Evangelho de hoje Jesus nos apresenta a postura e dinâmica dos seus verdadeiros seguidores: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo."
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Discorrendo sobre esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Seguir Jesus não significa participar num cortejo triunfal! Significa partilhar o seu amor misericordioso, entrar na sua grande obra de misericórdia para cada homem e para todos os homens. A obra de Jesus é precisamente uma obra de misericórdia, de perdão, de amor! Como Jesus é misericordioso! E este perdão universal, esta misericórdia, passa através da cruz.
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O discípulo de Jesus renuncia a todos os bens porque encontrou n’Ele o Bem maior, no qual qualquer outro bem recebe o seu pleno valor e significado: os vínculos familiares, as outras relações, o trabalho, os bens culturais e econômicos e assim por diante. O cristão desapega-se de tudo e encontra tudo na lógica do Evangelho, a lógica do amor e do serviço. (Papa Francisco, Angelus, de 8/9/13).
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Destarte, meditemos com estas palavras de Santa Teresinha do menino Jesus: "Permaneçamos, pois, longe de tudo o que brilha, amemos a nossa pequenez, amemos não sentir nada, e seremos pobres em espírito e Jesus virá procurar-nos; por mais longe que estejamos, Ele nos transformará em labaredas de amor." (Santa Teresinha, Carta 197 de 17/9/1896).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 04/11/2020
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