FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

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PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,21-35)(09/03/21)
 
"Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?"
 
Caríssimos irmãos e irmãs, essa pergunta de são Pedro é típica de quem quer limitar a misericórdia infinita de Deus, que Ele nos dá para perdoarmos uns aos outros, por isso, a resposta de Jesus abre a nossa mente e a nossa compreensão para muito além dos nossos critérios, pois estes tendem sempre a querer fazer justiça com as próprias mãos, ou seja, a pagar o mal com o mal.
 
“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete."
 
De fato, em nenhum momento da nossa vida estamos sozinhos ainda que muitos tentem negar isso, sobretudo nos embaraços e nas tempestades do mar revolto deste mundo; todavia, como o Senhor Jesus nos ensinou: "Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." (Jo 15,5). Ou seja, só precisamos permanecer Nele pela obediência à Sua Divina Palavra.
 
Desse modo, compreendemos que o ato de perdoar é divino, porque é Deus mesmo quem perdoa os nossos ofensores por meio de nós; pois, perdoar é amar, é fazer a vontade de Deus; quem sempre perdoa, vive sempre em paz, e por isso, jamais causa algum dano. De certo, o perdão é a maior fonte de cura e libertação que Deus nos deu. Quem não perdoa não tem Deus dentro de si, por isso, é repleto de mágoas, ressentimentos e o desejo de vingança.
 
Na parábola de hoje, o Senhor Jesus nos dá o exemplo de um servo que busca o perdão, rebe-o do seu patrão, mas é incapaz de da-lo à um outro servo que lhe devia muito menos. E o resultado nefasto dessa atitude maléfica foi a própria condenação, pois, quem se nega a dar o perdão que recebe, perde-o de imediato, tornando-se escravo da própria maldade.
 
Portanto, caríssimos, sigamos as práticas quaresmais que empreendemos com as mesmas disposições que do Senhor Jesus recebemos, para levarmos o bom termo o nosso desejo de santidade, na certeza de que é Ele mesmo que está nos conduzindo ao Reino dos céus, à vida eterna.
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando Maria OFMConv.
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 09/03/2021


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