Caríssimos, sem sombra de dúvida todos nós que vivemos em meio aos limites e condicionamentos deste mundo temos sede e fome de eternidade; todos nós que vivemos cercados pela violência que o pecado gera, desejamos que venha logo o Reino de Deus e a sua justiça, para que possamas gozar a liberdade dos justos, isto é, dos justificados por Cristo por Seu Sacrifício de cruz.

 

Com efeito, pelo batismo recebemos o Espírito Santo e nos tornamos seus Templos vivos, sacrários de Cristo e morada de Deus; porém, não obstante todas essas graças, sofremos a tentação de não vivermos como seus filhos e filhas. Ora, a liturgia de hoje nos mostra o que devemos fazer para permanecer em Cristo, e como transmitir as suas graças do mesmo modo que os Apóstolos.

 

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus, faz uma comparação entre a videira e seus ramos e a nossa vida em relação a Ele: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais frutos ainda." E em seguida diz: "Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei." Ou seja, a vivência da Sua Palavra é a garantia da nossa permanência Nele.

 

Aliás, à esse respeito o Senhor já havia dito: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." (Jo 14,23). Ou seja, pela santa obediência à Sua Divina Palavra, nos tornamos Sua morada; ora, grandissimo é esse mistério que somos.

 

Portanto, caríssimos, peçamos a Maria Santíssima, "Rainha dos Santos e modelo de comunhão perfeita com o seu Filho divino, a graça de permanecer em Jesus, como ramos na videira, e a nunca nos separarmos do seu amor. Pois, nada podemos sem Ele, porque a nossa vida é Cristo vivo, presente na Igreja e no mundo." (Papa Francisco).

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.