FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Textos


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 16,1-8)(04/11/22).

 

Amados irmãos e amadas irmãs, "o Evangelho de hoje nos mostra como discernir entre a busca dos bens temporais e dos bens eternos, também nos ensina como usar o tempo presente em vista da eternidade, para fazermos a escolha certa. 

 

Jesus conta a parábola de um administrador desonesto que, ao ser acusado, tem a astúcia de resolver a situação adversa beneficiando os devedores de seu senhor; ao fazê-lo, reduz de alguma forma seu déficit em relação ao seu patrão, uma vez que adquire a gratidão dos que beneficiou.  

 

No entanto, esta não é a lógica do cristão. Jesus usou este exemplo para nos fazer entender que, se aqueles que buscam as coisas deste mundo são astutos em resolver os problemas a seu favor, quanto mais devemos ser para os bens futuros que o Senhor nos dá para administrar neste mundo." (Anna Maria Cànopi).

 

Meditemos com amor e atenção o Pequeno Sermão de hoje. 

 

Caríssimos, a liturgia de hoje nos mostra a preciosidade da vivência da fé por aqueles cujo único interesse é a salvação de todos, porque têm consciência de que tudo neste mundo tem fim, por isso, não se apegam a nada. Pelo contrário, por depender da Providência Divina, mantém a serenidade e a confiança, convictos de que Deus nunca falha. 

 

"O Evangelho faz-nos compreender como a vida terrena é sempre uma escolha: entre a honestidade ou a desonestidade, entre o bem ou o mal, entre a fidelidade ou a infidelidade. Tudo o que temos recebemos de presente e fazemos crescer com o nosso empenho e determinação. 

 

Perguntemo-nos: como gerimos os bens que recebemos? Existem duas maneiras. Uma mundana que se manifesta por atos de corrupção, engano, opressão e constitui o caminho mais errado, o caminho do pecado. A outra maneira, revela o espírito do Evangelho que exige um estilo de vida sério e exigente, baseado na honestidade, na justiça, no respeito pelos outros e sua dignidade, no cumprimento do dever. 

 

No silêncio e na vida cotidiana, há muitas pessoas que não tentam embelezar sua casa com objetos luxuosos, mas tentam embelezar sua alma, tentam eliminar as coisas supérfluas que nada fazem além de acumular poeira, para ajudar os outros. 

 

Há muitas pessoas que usam as riquezas que Deus lhes confiou e as fazem frutificar sem explorar ninguém, compartilhando seus dons, habilidades e riquezas materiais e espirituais com os demais. Tem muita gente que não faz bullying, que não grita, que não se impõe, que não quer vencer a todo custo destruindo os outros. 

 

São muitos os santos que ao longo da história criaram mil maneiras para alimentar os pobres abandonados por todos, para proteger os humilhados e pisoteados, para amparar os doentes nos dias de contágio. São sábios administradores, os quais entenderam que no final desta vida seremos acolhidos pelos amigos que fizemos aqui na terra dia após dia com os dons recebidos e o exercício da partilha. 

 

Então, não estaremos sozinhos, mas seremos uma comunhão de amigos, se tivermos exercido a amizade aqui e agora, dando e aceitando os dons recebidos de Deus." (Mons. Angelo Spina). E é isso o que o Senhor Jesus nos ensina nesta Parábola.

 

Amados irmãos e amadas irmãs, "cada um recebe talentos naturais e espirituais, e deve administra-los inteligentemente em vista do Reino dos Céus. De fato, o mundo luta por riquezas e bem-estar; o Senhor, no entanto, nos convida a não buscar o que se perde, mas sim o que permanece para sempre." (Anna Maria Cànopi).

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 04/11/2022


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