FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Textos


FESTA DO MARTÍRIO DE SANTO ESTÊVÃO (Mt 10,17-22)(26/12/24)

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1. Caríssimos, estamos vivendo a plena alegria do Natal do Senhor e nesse mesmo tempo a Igreja celebra hoje a festa do martírio de Santo Estevão, primeiro mártir da nossa fé. De fato, a morte é uma experiência difinitiva que relutamos em aceitar mesmo sabendo que todos um dia morrerão. 

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2. Todavia, no martírio, a morte é vencida, porque todo mártir é inocente e todo inocente é invencível. O martírio é o momento sublime em que a alma se eleva para Deus dando-se em sacrifício para testemunhar o martírio de Cristo, o Cordeiro Imolado, que apagou os nossos pecados pelo o seu sacrifício de cruz. 

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3. Referindo-se ao nosso martírio diário, assim escreveu são Paulo: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5,1-2).

4. "Porque fostes comprados por um grande preço (o Sangue de Cristo). Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo." (1Cor 6,20). Decerto, nesta liturgia de hoje a Igreja celebra dois nascimentos, o de Cristo, Deus humanado, e o de Santo Estevão, martirizado por amor de Cristo e das almas necessitadas da salvação eterna. 

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5. Ora, e o prêmio deste humilde martíre, vimos na primeira leitura: "Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 

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6. Caríssimos, a alma em estado de graça caminha decisivamente para a santidade, para o encontro difinitivo com Cristo no Reino dos céus; por isso, não perde tempo dando atenção aos seus algozes; pelo contrário, os perdoa e permanece em estado de graça gozando a felicidade dos justos como o fez Santo Estevão.

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7. Comentando esta Festa disse o Papa Bento XVI: "Santo Estêvão foi o primeiro que seguiu os passos de Cristo com o martírio; morreu, como o divino Mestre, perdoando e rezando pelos seus algozes (cf At 7,60). A sua morte não incutiu receio nem tristeza, mas entusiasmo espiritual, que suscitou sempre novos cristãos."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 26/12/2024


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