PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 17,1-11a)(03/06/25)

1. Caríssimos irmãos e irmãs, a Palavra de Deus é a Verdade, sua Lei Liberdade; ela permanece para sempre e renova todas as coisas; e quando obedecida, transforma a nossa vida, passamos de simples mortais à seres eternos pelo poder de Deus que nos criou por amor à sua imagem e semelhança. É isso o que nos ensina esta liturgia de hoje. 

2. Na primeira leitura são Paulo ciente do cumprimento de sua missão se despede dos anciãos da Comunidade de Éfeso fazendo uma síntese do seu ministério: "Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo. 

3. Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações. Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa."

4. De fato, a Palavra de Deus anunciada pelos Apóstolos e por todos que seguiram o Senhor Jesus ao longo do tempo, e que habita nossas almas, é a garantia da vida eterna, porque por Ela cremos que o Senhor Jesus é o Filho de Deus amado, e que foi enviado para nos salvar por Seu Sacrifício de cruz, e desse modo apagar os nossos pecados por Sua Divina Misericórdia.

5. Com efeito, tudo o que está escrito nas Sagradas Escrituras e que se constitui o fundamento do ensinamento da Igreja, é obra do Espírito Santo, e se cumpre na íntegra; por outro lado, tudo o que está fora desse ensinamento se constitui pedra de tropeço para aqueles que seguem na vida sem rumo certo, porque somente em Cristo a vida é eterna, e fora Dele não existe salvação.

6. Comentando o Evangelho de hoje disse o Papa Bento XVI: "A glorificação que Jesus pede para si mesmo, como Sumo Sacerdote, é a plena obediência ao Pai, uma obediência que o leva à sua condição filial mais plena: "E agora, Pai, glorifica-me diante de ti com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse" (Jo 17,5).

7. Essa disposição e esse pedido é o primeiro ato do novo sacerdócio de Jesus, que é entregar-se totalmente na cruz, e mesmo na cruz - o ato supremo de amor - Ele é glorificado, porque o amor é a verdadeira glória, a glória divina.

8. O segundo momento dessa oração é a intercessão que Jesus faz pelos discípulos que estão com ele. Estes são aqueles dos quais Jesus pode dizer ao Pai: "Manifestei o teu nome aos que me deste do mundo. Eles são teus e tu os deste a mim, e eles guardaram as tuas palavras" (Jo 17,6).

9. Portanto, caríssimos, a Palavra Divina, Criadora e Redentora, que habita em nossas almas, nos restaura, nos fazer renascer da água e do Espírito Santo para a vida nova que Deus reservou como herança para aqueles que o amam e seguem fielmente o Seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.