“E DEUS FEZ O HOMEM À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA”
“Criou-os homem e mulher, e os abençoou...”(Gen 5,2) A obra da criação humana, diferentemente das outras obras criadas, carrega em si o querer e o propósito divino, pois quando Deus criou o homem, o criou pensando em Si como Modelo Perfeito; “à sua imagem e semelhança” o criou. O que seria de todas as coisas criadas sem a presença do homem pára o qual Deus as criou? E o que seria do homem sem a presença de Deus que o governa e sustenta? De fato, a criação é um paraíso e o homem foi criado neste paraíso para viver em harmonia com o Seu Criador e toda a obra criada. É uma pena que isto não esteja acontecendo devido à desarmonia gerada pelo homem por causa do pecado que o desestruturou e o tirou da comunhão com o Seu Criador e Pai e as outras criaturas. Sabemos muito bem o estrago que o pecado causou e causa ao homem e à toda criação; pois experimentamos os seus efeitos maléficos em toda à parte e em todos nós. Eis alguns desses terríveis efeitos: “fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes”; poluição de rios e mares, destruição de florestas, desequilíbrio climático; extinção das espécies animais; aquecimento global e outros danos ambientais. Apesar da desobediência do homem e de todo o mal que se alastra sobre a face da terra, o Senhor não o abandonou nem à sua obra, pelo contrário, fez vir o seu Filho amado – Imagem Perfeita do Seu Ser – para assumir a natureza humana decaída e destruir o pecado, a morte e o demônio que introduziu, com o consentimento do homem, a desordem na criação, profanando, com isso, a obra maravilhosa que Deus criara. Devido a degradação de sua obra natural, Deus Pai, por meio do Seu Filho, Jesus Cristo, fez novas todas as coisas, revelando-nos assim que o seu Plano de Amor se cumpriria plenamente. Sobre esta renovação, escreveu São Pedro: “Desde o princípio existiam os céus e igualmente uma terra que a palavra de Deus fizera surgir do seio das águas, no meio da água, e deste modo o mundo de então perecia afogado na água. Mas os céus e a terra que agora existem são guardados pela mesma palavra divina e reservados para o fogo no dia do juízo e da perdição dos ímpios. Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como, um dia. O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam. Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz”. (2Ped 5,5-15 a). Paz e Bem! Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 01/03/2008
Alterado em 23/02/2010 |