FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
01/11/2012 17h47
A VIRTUDE DA HUMILDADE

 

A VIRTUDE DA HUMILDADE

 

Para se fazer a vontade de Deus é preciso antes de tudo ser humilde, “pobre de espírito” como pediu Jesus.

A Igreja, sempre iluminada e assistida pelo Espírito Santo, em sua experiência bimilenar, nos ensina que os piores pecados são aqueles que ela chama de “capitais”. Capital vem do latim “caput”, que quer dizer cabeça. São pecados “cabeças”, isto é, que geram muitos outros.

Assim como, por exemplo, a capital de um estado ou de um país, é de onde procedem as ordens, decisões e comandos, assim também, desses pecados “cabeças”, nascem muitos outros. Por isso eles sempre mereceram, por parte da Igreja, uma atenção especial. São sete: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça.Houve um santo que disse que, se a cada ano vencêssemos um desses sete pecados, ao fim de sete anos, seríamos santos. Portanto, vale a pena refletir sobre eles, a fim de rejeitá-los, com o auxílio da graça de Deus e de nossa vontade. O primeiro, e sem dúvida o pior de todos, é a soberba. É o pior porque foi exatamente o que levou os anjos maus  a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência mortal.

A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a geradora dos seus próprios bens materiais e espirituais. Acha-se cheia de si mesma, pensa, melancolicamente, que é a própria autora daquilo que tem ou que faz de bom, e se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do alto, como disse São Tiago: “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai  das luzes” (Tg 1,17).

O soberbo se esquece que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, Dele depende em tudo. Como disse Santa Catarina de Sena, ele “rouba a glória de Deus”, pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem só a Deus, já que Ele é o autor de toda graça.

A soberba é o oposto da humildade. Essa palavra vem de “humus”, daquilo que se acha na terra, pó. O humilde, é aquele que reconhece o seu “nada”, a sua contingência, embora seja a mais bela obra de Deus sobre a terra, a sua glória, como dizia santo Irineu.

Foi a soberba que perdeu a humanidade, foi a humildade que a salvou. São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja, garante que: “Toda a vitória do Salvador dominando o demônio e o mundo, foi iniciada na humildade e consumada na humildade!”

Adão e Eva sendo criaturas quiseram “ser como deuses” (Gn 3,5), Jesus, sendo Deus, fez-se como a criatura. Da manjedoura à cruz do Calvário, toda a vida de Jesus foi vivida na humildade e na humilhação. São Paulo resume isso na carta aos filipenses: “Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fil 2,6-8).

Pela humildade e pela humilhação Jesus se tornou o “novo Adão” que salvou o mundo (Rm 5,12s). Maria, a mãe do Senhor, tornou-se a “nova Eva”, ensina a Igreja, porque na sua humildade destruiu os laços da soberba da primeira virgem. Ela disse: “Ele olhou para a humildade de sua serva”.(Lc 1,39)

Muitos cristãos são cheios de boas virtudes, mas infelizmente tornam-se “inchados”, pensando infantilmente que essas boas virtudes são méritos próprios e não graças de Deus, para serviço dos outros. Deus disse a Santa Catarina que: “o pecador, qual ladrão, rouba-Me a honra, para atribuí-la a si mesmo”. São Paulo pergunta aos coríntios: “O que há de superior em ti? Que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias, como se o não tivesses recebido?” (1 Cor 4,7). Como ninguém, o Apóstolo sentia em si as misérias humanas, convivendo com as riquezas da graça de Deus. Ele disse aos coríntios: “Temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provem de Deus e não de nós” (2 Cor 4,7).

É de Santo Agostinho a expressão: “Eis a grande ciência do cristão: conhecer que nada é e nada pode”. Ser humilde é ser santo, é viver o oposto de tudo isso: é saber descer do pedestal, é não se auto-adorar, é preferir fazer a vontade dos outros do que a própria, é ser silencioso, discreto, escondido, é fugir das pompas e dos aplausos.

São João Batista foi modelo dessa humildade e nos ensinou a sua essência. Ao falar de Jesus, ele disse: “Importa que Ele cresça e que eu diminua!” (Jo 3,30). Isto diz tudo. Quando Jesus iniciou a sua vida pública, João o apresentou para o povo: “eis o Cordeiro de Deus”, e desapareceu, até ser martirizado no cárcere de Herodes. Que lição de humildade! Também Nossa Senhora, sendo, “a Mãe do Senhor” (Lc 2,43), fez-se “a escrava do Senhor” (Lc 1,38).

Paz e Bem!

Autor: Prof. Felipe Aquino

Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2012/10/29/ser-humilde/


Publicado por Frei Fernando Maria em 01/11/2012 às 17h47
 
13/10/2012 15h06
O SILÊNCIO QUE FALA

 

«FELIZES OS QUE ESCUTAM A PALAVRA DE DEUS E A PÕEM EM PRÁTICA»

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa - A oração da Igreja

 

 

Foi no silêncio eterno da vida interior de Deus que a decisão da redenção foi tomada. E foi na obscuridade de uma casa silenciosa de Nazaré que a força do Espírito Santo desceu sobre a Virgem, que estava sozinha e em oração, e se realizou a encarnação de Cristo. Em seguida, reunida em oração silenciosa em torno da Virgem (At 1,14), a Igreja nascente esperava a nova efusão do Espírito, que fora prometido para lhe dar a vida, a clareza interior, a fecundidade e a eficácia. [...]

É neste diálogo silencioso entre os seres abençoados por Deus e o seu Senhor, que se preparam os acontecimentos da história da Igreja, que são visíveis de longe e que renovam a face da terra (Sl 103,30). A Virgem, que guardava em seu coração cada palavra dita pelo Senhor (Lc 2,19; 1,45), prefigura os seres atentos em quem a oração sacerdotal de Jesus renasce constantemente para a vida.

Paz e Bem!

        ©Evangelizo.org 2001-2012


Publicado por Frei Fernando Maria em 13/10/2012 às 15h06
 
06/10/2012 23h57
O GRANDE MILAGRE, O SANTO SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA...

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará...

 

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


Publicado por Frei Fernando Maria em 06/10/2012 às 23h57
 
03/10/2012 15h11
SANTO ANJO DO SENHOR...

 

São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars 
Sermão para a festa dos Anjos da Guarda 
 
«Eis que Eu envio um anjo diante de ti» 
 
Apesar de Se bastar a si mesmo, Deus emprega, para governar o mundo, o ministério dos Seus anjos. [...] Vendo Deus ter tantos cuidados com a nossa vida, temos de concluir que a nossa alma é qualquer coisa de muito grande e precioso, para que, para a sua conservação e santificação, Ele empregue tudo o que tem de maior em Sua corte. Deu-nos o Seu Filho para nos salvar; este Filho [...] dá a cada um de nós um e até vários anjos, que têm por única ocupação pedir-Lhe para nós as graças e os auxílios necessários à nossa salvação. [...] Oh, que mal conhece o homem o que é, e o fim para o qual foi criado! Lemos na Sagrada Escritura que o Senhor dizia ao Seu povo: «Eis que Eu envio um anjo diante de ti, para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que Eu preparei» (Ex 23,20).
 
Devemos invocar frequentemente os nossos anjos da guarda, respeitá-los e, sobretudo, procurar imitá-los em todas as nossas acções. A primeira coisa em que os devemos imitar é no pensamento da presença de Deus. [...] Com efeito, se estivermos bem impregnados da presença de Deus, como poderemos fazer o mal? As nossas virtudes e boas acções serão bem mais agradáveis a Deus! [...] Deus diz a Abraão: «Anda na Minha presença e sê perfeito» (Gn 17,1].
 
Como pode então suceder que tão facilmente esqueçamos a Deus, quando O temos sempre à nossa frente? Porque não nos enchemos então de respeito e reconhecimento para com os anjos, que nos acompanham noite e dia? [...] «Sou demasiado miserável para merecer isso», direis possivelmente. Meus irmãos, não só Deus não vos perde de vista um instante, como até vos dá um anjo que não deixa nunca de vos guiar. Oh, grandiosa felicidade, tão mal conhecida pelos homens! 
  
Paz e Bem!
 
©Evangelizo.org 2001-2012

Publicado por Frei Fernando Maria em 03/10/2012 às 15h11
 
03/10/2012 15h06
UM VERDADEIRO TESTEMUNHO DE FÉ...

 

São Francisco Xavier (1506-1552), missionário jesuíta 
Carta de 22/10/1552 
 
 
«Hei-de seguir-te para onde quer que fores»: um grande missionário perante os perigos... 
 
Numerosos decretos proíbem a entrada na China. [...] Mas, para lá dos perigos de prisão e de maus tratos, existem outros muito maiores, que passam despercebidos aos habitantes desse país. [...] Em primeiro lugar, a perda da esperança e da confiança em Deus, quando é por Seu amor e ao Seu serviço que damos a conhecer a Sua Lei e Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Redentor e Senhor, como Ele bem sabe. Uma vez que foi pela Sua santa misericórdia que nos comunicou estes desejos, perder agora confiança na Sua misericórdia e no Seu poder perante os perigos que poderemos correr ao Seu serviço é um perigo incomparavelmente superior aos males que todos os inimigos de Deus nos podem causar.
 
Se isso for importante para o Seu serviço, Deus proteger-nos-á de todos os perigos desta vida. [...] Por isso temos a segurança das palavras do Senhor: «Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo aborrece a sua vida conservá-la-á para a vida eterna» (Jo 12,25). E também destas, semelhantes às primeiras: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»
 
Quanto a nós, tendo em consideração estes perigos para a alma, que são muito superiores aos do corpo, pensamos que é mais seguro e evidente enfrentar os perigos corporais. [...] Seja de que maneira for, estamos determinados a ir à China. 
 
  Paz e Bem!
 
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 03/10/2012 às 15h06



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