FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
05/07/2012 10h17
VIRGEM PRUDENTÍSSIMA

 

Virgem prudentíssima

"Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas". (Mt 10,16). A prudência é uma virtude que nos faz argutos naquilo que diz respeito à salvação de nossas almas, segundo a vontade de Deus. Jesus, na tentação que sofreu no deserto (cf. Mt 4,1-11), nos deu um exemplo profundo de como devemos usar essa virtude do Espírito Santo para repelirmos as ciladas do mal.

Maria Santíssima, como primeira consagrada a Deus, também se tornou um modelo a ser seguido por nós à exemplo do seu Filho amado. Em sua virgindade, Maria livremente, guardou-se toda para o Altíssimo, prudentemente consagrando-se a Ele, por seu desígnio de amor, em vista de nossa redenção. Bem ao contrário da atitude de Eva que não soube usar a virtude da prudência e caiu nas ciladas do mal, arrastando seu marido Adão para o pecado de desobediência.

Maria, a nova Eva, ofereceu-se inteiramente para ser morada de Deus, porque Deus é fiel e inacessível ao mal, por isso, Ele a escolheu como Mãe da Nova Criação (cf. Jo 19,25-27). Portanto, a prudência nos ensina a não tomar nenhuma decisão, sem a certeza de que estamos fazendo a vontade de Deus, naquilo que decidimos. Porque, tudo o que fazemos na presença do Senhor e sob o seu comando, dá certo, porque faz parte do plano divino para a nossa salvação.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


Publicado por Frei Fernando Maria em 05/07/2012 às 10h17
 
27/06/2012 23h29
"PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS"

 

«PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja - Explicação do Sermão da Montanha, c. 24, §§ 80-81

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa atenção para reconhecermos a árvore? Alguns consideram como frutos a roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por hipócritas. Caso contrário, Jesus não teria dito: «Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles» (Mt 6,1). [...]

Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade; muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair a admiração dos que veem a sua conduta. Todas essas obras são enganos. [...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a árvore. As mesmas ações feitas com uma intenção reta e verdadeira são a roupagem das autênticas ovelhas. [...]

O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole» (v. 22-23).

É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.

Paz e Bem!

        ©Evangelizo.org 2001-2012

 


Publicado por Frei Fernando Maria em 27/06/2012 às 23h29
 
23/06/2012 08h43
DEUS NOS AMA TANTO, QUE NEM OS PRÓPRIOS ANJOS COMPREENDEM!

 

DEUS NOS AMA TANTO, QUE NEM OS PRÓPRIOS ANJOS COMPREENDEM!

«Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?»

Em nome do Deus santo, tomo hoje a pena para que as minhas palavras, que se imprimem sobre a folha branca, sirvam de louvor perpétuo ao Deus bendito, autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria que o universo inteiro, com os planetas, todos os astros e os inúmeros sistemas estelares, fosse uma imensa extensão, polida e brilhante, onde eu pudesse escrever o nome de Deus.

Gostaria que a minha voz fosse mais potente que mil trovões, mais forte que o estrépito do mar, e mais terrível que o bramido dos vulcões, para dizer apenas: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão grande como o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt 10,16), para nele pôr Deus! Mas, dado que toda esta grandeza com que sonhaste não se pode tornar realidade, contenta-te com pouco e contigo, que não és nada, Irmão Rafael, porque o nada deve bastar-te [...].

Por quê calar? Por que escondê-lO? Por que não gritar ao mundo inteiro e bradar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Por que não dizer às pessoas e a todos os que quiserem entender: veem o que sou? Veem o que fui? Veem a minha miséria que se arrasta na lama? Pouco importa: maravilhem-se; apesar de tudo, possuo Deus. Deus é meu amigo!

Deus ama-me, a mim, com tal amor que, se o mundo inteiro o compreendesse, todas as criaturas ficariam loucas e bramiriam de assombro. Mas isso ainda é pouco. Deus ama-me tanto, que nem os próprios anjos o compreendem! (cf. 1P 1,12) A misericórdia de Deus é grande! Amar-me, a mim, ser meu Amigo, meu Irmão, meu Pai, meu Senhor, sendo Ele Deus, e eu o que sou!

Ah, meu Jesus, não tenho nem papel, nem pena. Que posso dizer! Como não enlouquecer?

Paz e Bem!

        ©Evangelizo.org 2001-2012


Publicado por Frei Fernando Maria em 23/06/2012 às 08h43
 
18/06/2012 18h21
QUEM PLANTA, COLHE...

 

QUEM PLANTA, COLHE...

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir

Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291

«Eu, porém, vos digo: Não resistais ao mau.»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros para o apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. [...]

Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete, mas todas as faltas; amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores (Mt 5,39.44; 18,22) – Como chegar aí se não formos firmes na paciência e na benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança, pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (Ac 7,60). Eis o que fez o primeiro mártir de Cristo [...], que se tornou, não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da Sua paciente doçura.

Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não tenham lugar entre os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef 4,30-31). Se o cristão foge dos assaltos da nossa natureza caída como de um mar em fúria, e se estabelece no porto de Cristo, na paz e na calma, não deve admitir no seu coração nem a cólera nem a desordem. Não lhe é permitido pagar o mal com o mal (Rm 12,17), nem conceber o ódio.

Portanto, aquilo que plantamos, colhemos da parte do Senhor que recebe nossa plantação como cumprimento de sua santa vontade, em conformidade com seu plano eterno para a nossa salvação.

Paz e Bem!

        ©Evangelizo.org 2001-2012


Publicado por Frei Fernando Maria em 18/06/2012 às 18h21
 
14/06/2012 09h43
ESFORÇAI-VOS POR ENTRAR PELA PORTA ESTREITA

 

ESFORÇAI-VOS POR ENTRAR PELA PORTA ESTREITA

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador dos Frades Menores

Primeira regra, § 11

«Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade» (1Jo 3,18).

Todos os irmãos terão o cuidado de não caluniar ninguém, de evitar palavras de discussão. Pelo contrário, tentem guardar silêncio enquanto o Senhor lhes der a graça para isso. Não discutirão entre si nem com outras pessoas, mas esforçar-se-ão por responder humildemente: «Somos servos inúteis» (Lc 17,10). Não se irritarão: «Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar 'imbecil' será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar 'louco' será réu da Geena do fogo». Amar-se-ão uns aos outros, conforme a palavra do Senhor: «O que vos mando é que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 15,12). Por atos testemunharão o amor que devem ter uns pelos outros, conforme as palavras do apóstolo João: «Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade» (1Jo 3,18).

Não ultrajarão ninguém; não difamarão, não denegrirão ninguém; porque está escrito que o Senhor odeia os «bisbilhoteiros e os maldizentes»; devem ser modestos, «mostrando sempre amabilidade para com todos os homens,» (Tt 3,2; Rm 1,29-30). Não devem julgar nem condenar, como diz o Senhor (Lc 6,37). Não julgarão nem os mais pequenos pecados dos outros, mas refletirão sobre os seus próprios pecados na amargura do seu coração (cf. Is 38,15). Esforçar-se-ão por entrar pela «porta estreita», pois, diz o Senhor: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir» (Lc 13,24; Mt 7,13-14).

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2012


Publicado por Frei Fernando Maria em 14/06/2012 às 09h43



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